Como funciona a fiscalização do Pix?

fiscalização do Pix

A fiscalização do Pix deu muito ‘pano pra manga’ no início de 2025 por conta de uma Instrução Normativa do governo federal que previa a ampliação do monitoramento. O objetivo era aumentar o cerco contra a sonegação fiscal, mas a polêmica gerada nas redes sociais e na mídia foi tão grande que o governo recuou. 

Mas afinal, você conhece as regras da fiscalização, os limites que são considerados, se pode haver diferença nos pagamentos feitos entre Pix e dinheiro? Na verdade, essa forma de pagamento caiu no gosto do brasileiro, que encontrou um método mais rápido e sem taxação para pagar suas contas. Para o empresário, ele foi uma oportunidade de reduzir custos operacionais. Além disso, uma tentativa de reduzir a inadimplência de clientes que pediam boletos ou ‘pendurar’ a conta na famosa caderneta. 

Portanto, devido à sua importância e popularidade, qualquer assunto referente à fiscalização do Pix ganha notoriedade na mídia e nas redes sociais. Saiba mais sobre a proposta do governo e o que a Receita Federal já faz lendo este artigo até o final. 

 

Como era a proposta de monitoramento do Pix? 

 

A Instrução Normativa nº 2219 foi publicada em setembro de 2024 pelo governo federal prevendo medidas de ampliação do monitoramento do Pix. Logo que a medida começou a ganhar mais destaque na imprensa e nas redes sociais, formou-se uma polêmica, com lados criticando a medida e outros defendendo. 

A polêmica gerou muitas dúvidas entre os empresários e consumidores em geral. Como o Pix não tem nenhuma incidência de tributos, houve o compartilhamento de fake news que diziam que o brasileiro começaria a pagar impostos diante de determinadas transações. 

Entretanto, a instrução apenas estendia o monitoramento de transações de bancos digitais, fintechs e instituições de pagamento. 

A proposta do ato normativo era de que as instituições digitais de pagamento notificassem a Receita Federal para movimentações acima de R$ 5 mil mensais para Pessoa Física e R$ 15 mil mensais para Pessoa Jurídica. 

 

Sigilo bancário e garantias do cidadão

 

Uma dúvida recorrente em relação ao monitoramento do Pix é sobre o sigilo bancário. É fundamental destacar que a Constituição Federal protege o sigilo das informações bancárias. Portanto, a Receita Federal não acessa detalhes como quem recebeu ou enviou um Pix, mas sim o montante total movimentado em uma conta. Essa abordagem de sigilo é essencial para garantir que os direitos dos cidadãos sejam respeitados, enquanto o governo busca manter a integridade financeira do país.

Além disso, é importante mencionar que as transações via Pix continuam gratuitas para pessoas físicas, reforçando o compromisso do Banco Central em oferecer um sistema de pagamentos acessível e eficiente.

Entre os principais mitos, está a ideia de que o Pix seria diretamente tributado. Isso não é verdade. A Receita Federal não cobra impostos sobre as transações realizadas pelo Pix. O que pode acontecer é a identificação de inconsistências entre a movimentação financeira e as declarações de Imposto de Renda. Caso isso ocorra, o contribuinte pode ser chamado para prestar esclarecimentos e, se necessário, ajustar suas declarações.

 

O papel das fintechs e instituições digitais

 

Com o crescimento das fintechs e das soluções digitais, o mercado financeiro passou por uma transformação significativa nos últimos anos. Antes restritas a bancos tradicionais, as transações financeiras agora estão acessíveis em plataformas mais modernas e ágeis, como carteiras digitais e aplicativos de pagamento.

A Instrução Normativa nº 2219 incluiu essas instituições no monitoramento regular da Receita Federal, garantindo que todas as transações estejam alinhadas às regras do sistema financeiro nacional. 

 

Como os dados são usados pela Receita Federal?

 

O monitoramento das transações financeiras é feito por meio do cruzamento de dados. A Receita Federal utiliza uma ampla gama de informações, como:

  • Declarações de imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas;
  • Informações fornecidas por cartórios e instituições bancárias;
  • Dados de movimentações financeiras que excedem os limites de monitoramento.

Se uma Pessoa Física ou Jurídica movimenta valores incompatíveis com sua renda declarada, isso pode acionar um alerta. Nesse caso, a Receita pode solicitar informações adicionais ou abrir um processo de fiscalização.

 

A importância da educação financeira

 

Com a fiscalização cada vez mais avançada, a transparência financeira tornou-se indispensável para pessoas e empresas. É essencial que cada indivíduo compreenda suas responsabilidades fiscais e mantenha suas declarações atualizadas.

Para empresários, por exemplo, o Pix oferece uma oportunidade de modernizar os negócios, mas também exige organização financeira. Utilizar ferramentas de gestão e emitir notas fiscais para todas as vendas são práticas que ajudam a evitar problemas futuros com o Fisco.

 

Conclusão

 

O Pix veio para ficar, revolucionando a forma como fazemos transações financeiras no Brasil. No entanto, com sua popularidade, também cresce a necessidade de um monitoramento eficaz para garantir que ele não seja usado para fins ilícitos.

Embora a fiscalização do Pix gere algumas dúvidas e receios, é importante lembrar que ela não tem como objetivo punir ou tributar o cidadão comum. Pelo contrário, busca fortalecer a integridade do sistema financeiro e prevenir irregularidades.

De qualquer maneira, é fundamental que o empresário acompanhe seu fluxo de caixa para ter uma empresa sustentável. 

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